Ouvi este sonho que tive. Gn37.6
O sonhador era José, os ouvintes seu pai e seus onze irmãos.
A história é clara e, a bíblia não deixa margem a dúvidas, José gostava de contar seus sonhos à sua família. Certamente ele não o fazia com más intenções, se o fizesse Deus não o teria honrado como fez. José contava seus sonhos porque acreditava que não estava fazendo nada errado ou perigoso, afinal era a sua família. E espera-se que a família sonhe junta e se alegre pelas vitórias de seus membros.
O fato é que nem sempre é assim, o caso de José nos mostra claramente isso. É triste perceber que algumas vezes não se pode contar nem mesmo com aqueles que deveriam ser os mais chegados.
Os sonhos de José vinham de Deus e por isso frustravam ainda mais seus irmãos, membros de uma mesma família começaram a odiar José porque além de ser o preferido de seu pai, era também querido por Deus. O surpreendente é que a história de José não é exclusividade das escrituras. Basta entrarmos além das portas da igreja desse tempo e perceberemos que ela está cheia de "irmãos de José". Gente que não sonha, que não projeta, que vive uma vidinha de mediocridade espiritual e passa toda a sua carreira cristã a tentar frustrar os sonhos daqueles que se aventuram a conhecer os impossíveis de Deus.
Vivemos tempos em que cristãos gastam mais tempo brigando dentro da igreja do que se lançando ao campo e arrecadando almas para o reino de Deus. Perde-se tempo lutando contra carne e o sangue ao invés de fazer aquilo que o Senhor Jesus nos ordenou. "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" Mc16:15
O que se vê na igreja é uma família dividida tal qual a de José, membros em guerra, uma disputa de santidade, uns querendo ser mais santo que o outro e para isso vale qualquer coisa, até mesmo tentar contra a moral do outro, caluniando, difamando.
Que família é essa? Incapaz de sonhar junta e que, quando percebe que alguém está sendo levantando por Deus, quando toma conhecimento dos sonhos dos seus membros começa imediatamente a profetizar derrota?
Dia desses estava na igreja e um jovem convertido estava pregando a mensagem e, numa de suas falas disse o quanto gostava do campo missionário e o que já estava fazendo em favor do reino de Deus. No culto seguinte um outro pregador disse que era um absurdo que novos convertidos pregassem a palavra, novos convertidos deveriam ficar sentados apenas ouvindo.
Tudo bem! Entendo que o campo missionário precisa de muita preparação e que para se lançar é preciso estar revestido da armadura do Espírito, mas daí a impedir que se pregue a mensagem da cruz?
Que negócio é esse? Enquanto a igreja anda abarrotada de crentes antigos que nada querem fazer, deixem que os novos o façam. Por que impedi-los?
Percebem? Enquanto se perde tempo dizendo quem pode e quem não pode pregar o tempo vai se esgotando. Almas vão perencendo! Não é tempo de disputa. A igreja não é local para divisões.
Devemos pregar. Lembremos do que Paulo disse a Timóteo: "Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina" 2Tm4:2
Sejamos sal e luz.
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